BRENO ESAKI/METRÓPOLES A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), em parcer...
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BRENO ESAKI/METRÓPOLES |
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), em parceria com o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), deflagrou, na manhã desta quinta-feira (10/4), a Operação Toque de Midaz, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa acusada de formação de cartel no setor de anestesiologia.
O grupo investigado seria formado por médicos ligados a uma cooperativa que domina o mercado de anestesias no DF. Segundo as autoridades, a atuação dos suspeitos envolvia práticas anticompetitivas e intimidação de profissionais que não seguiam suas diretrizes. Entre os métodos de coerção relatados, estão ameaças de descredenciamento, exclusão da cooperativa e até pressão física e psicológica contra anestesiologistas independentes.
As investigações apontam ainda que o grupo mantinha controle exclusivo sobre equipes médicas em hospitais estratégicos, dificultando a entrada de novos profissionais. Também teriam negociado de forma exclusiva com operadoras de planos de saúde, impondo valores considerados abusivos e eliminando a livre concorrência.
Durante a operação, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão contra os principais envolvidos. Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, formação de cartel, constrangimento ilegal e lavagem de dinheiro.
O nome da operação – Toque de Midaz – é uma referência ao rei Midas da mitologia grega, conhecido por transformar tudo o que tocava em ouro, simbolizando a ganância do grupo. A grafia com “Z” remete ao Midazolam, medicamento sedativo amplamente utilizado em procedimentos anestésicos.
Da redação do Conexão Correio com Metrópoles
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