FotoCarlos Silva/CB/D.A.Press Os dois trabalhadores que morreram eletrocutados, neste domingo (16/2), enquanto realizavam um serviço em um c...
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FotoCarlos Silva/CB/D.A.Press |
Os dois trabalhadores que morreram eletrocutados, neste domingo (16/2), enquanto realizavam um serviço em um condomínio em Arniqueira usavam um vergalhão de ferro para passar um fio pelo poste de energia quando sofreram a descarga. O choque foi fatal para os dois, identificados como Francisco Nascimento Filho, 38 anos, e Pedro dos Santos Gomes, 43.
João Batista Azevedo, 62, morador do condomínio residencial Fontinele, presenciou a cena e descreveu o momento como "chocante e desesperador". Ele conta que, ao sair do carro, se deparou com os dois homens caídos no chão. "Um ainda se debatia, mas era a corrente elétrica que estava atravessando o corpo dele", relatou com a voz ainda trêmula.
Segundo o homem, os trabalhadores tentavam passar o vergalhão pela estrutura, mas erraram o cálculo e tocaram um fio de alta tensão na rede elétrica. Um dos trabalhadores ficou preso à barra de ferro e o outro, ao tentar socorrê-lo, também foi eletrocutado. "Foi questão de segundos, não tinha como fazer nada", disse o morador, que não soube dizer se, no momento do acidente, eles usavam equipamentos de segurança.
Francisco era conhecido no condomínio e já prestava serviços há cerca de seis anos. "Ele trabalhava bastante aqui, era eletricista, um cara tranquilo e muito querido por todos nós", contou João Batista. Pedro, por outro lado, era ajudante e tinha começado a trabalhar recentemente no local.
A perícia da Polícia Civil (PCDF) esteve no condomínio para investigar as circunstâncias do acidente. Os bombeiros foram acionados rapidamente, mas os trabalhadores já estavam sem vida quando a equipe chegou. O clima no condomínio, segundo João Batista, é de tristeza. "Abalou todo mundo, todo mundo está transtornado", afirmou.
Segundo a delegada Elizabeth Frade, da 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul), a polícia aguarda o exame cadavérico e o depoimento de testemunhas para esclarecer mais detalhes sobre o caso.
Em nota, a Neoenergia, responsável pelo fornecimento de eletricidade na região, informou que lamenta o episódio e esclareceu que os envolvidos não eram funcionários empresa.
Da redação do Conexão Correio com Correio Brasiliense
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