Foto d ivulgação/PCDF A empresa investigada por sonegar mais de R$ 100 milhões em impostos é a Metalcap Reciclagem, localizada em Taguatinga...
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Foto divulgação/PCDF |
A empresa investigada por sonegar mais de R$ 100 milhões em impostos é a Metalcap Reciclagem, localizada em Taguatinga, segundo o Correio apurou. Os sócios do estabelecimento foram alvos de uma megaoperação desencadeada na manhã desta quarta-feira (19/2) pela Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Ordem Tributária da Polícia Civil (DOT/PCDF), em conjunto com a Receita do Distrito Federal.
A Metalcap Reciclagem é uma empresa com cadastro ativo desde 22 de maio de 2004 e tem capital social de R$ 200 mil. Especializada no comércio de materiais metálicos, resíduos e sucatas, os sócios da empresa participavam havia pelo menos 10 anos de um esquema fraudulento de sonegação de impostos.
Segundo as investigações, o grupo criminoso criava empresas de fachada e fictícias, utilizando “laranjas” e “testas de ferro” para viabilizar o esquema. A polícia identificou que a organização criminosa criava empresas “fantasmas” para substituírem as empresas reais na comercialização de sucatas e metais recicláveis, mecanismo esse que permitia que as empresas beneficiárias continuassem enquadradas no regime tributário que lhes garantia o pagamento reduzido de impostos.
Além dos sócios, outros suspeitos atuavam como operadores responsáveis pela constituição das empresas fantasmas, bem como contadores envolvidos na estruturação das fraudes.
Fraude de década
Até o momento, as dívidas ativas na Receita do Distrito Federal referentes aos valores sonegados chegam a R$ 101 milhões. Os mandados judiciais foram cumpridos nas casas dos investigados, no DF, em Goiânia, Luziânia (GO), Planaltina (GO) e no Rio de Janeiro.
As ações em andamento têm o objetivo de consolidar e fortalecer as provas já reunidas, individualizando a participação de cada integrante da organização, bem como de viabilizar o ressarcimento dos valores sonegados ao Distrito Federal.
Outro foco da apuração é rastrear o caminho percorrido pelos valores movimentados nas contas das empresas fraudulentas, a fim de identificar os verdadeiros beneficiários do esquema e mensurar os lucros ilícitos obtidos por cada investigado.
Participaram da operação aproximadamente 125 policiais da Polícia Civil do Distrito Federal, além de equipes da Receita distrital, que contaram com o apoio das polícias civis de Goiás e do Rio de Janeiro.
Os suspeitos são investigados pelos crimes de organização criminosa, sonegação fiscal, falsificação e uso de documentos falsos, além de lavagem de dinheiro. Se condenados, as penas podem ultrapassar 30 anos de prisão. A reportagem tentou contato com a empresa, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestações.
Da redação do Conexão Correio com Correio Brasiliense
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