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Os palmeirenses membros da Mancha Alviverde (antiga Mancha Verde) serão investigados pela Polícia Civil pela emboscada contra torcedores do Cruzeiro que aconteceu nesse domingo (27/10), na Rodovia Fernão Dias, em Mairiporã, na Região Metropolitana de São Paulo. Eles vão responder criminalmente por homicídio, incêndio, associação criminosa, lesão corporal e promover tumulto, praticar ou incitar a violência em eventos esportivos.
Além do cruzeirense que foi morto carbonizado, 17 torcedores ficaram feridos, sendo sete com traumatismo craniano e um foi baleado. Entre as vítimas, 14 deles foram encaminhadas para o Hospital Anjo Gabriel, em Mairiporã, e outras três para um hospital de Franco da Rocha.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), a polícia apreendeu imagens de monitoramento e solicitou exames do Instituto Médico Legal às vítimas para realizar as investigações. A ocorrência foi encaminhada à Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva para identificação e responsabilização dos envolvidos, diz nota da SSP.
Investigação como facção
O Ministério Público de São Paulo (MPSP) também vai investigar a torcida organizada do Palmeiras, como facção criminosa. “Tal episódio é inaceitável e representa uma grave afronta à segurança pública e à convivência pacífica em nossa sociedade. Por isso, esta Procuradoria-Geral de Justiça determinou que, para além do promotor Fernando Pinho Chiozzotto, de Mairiporã, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado [Gaeco] entre no caso”, disse Oliveira e Costa.
“Há firmes evidências de que algumas torcidas organizadas atuam como verdadeiras facções criminosas, o que justifica a intervenção do GAECO”, acrescentou o chefe do MPSP.
A emboscada
Por volta das 5h da manhã de domingo, no km 65 da Rodovia Fernão Dias, no centro de Mairiporã, membros da Mancha Alviverde, torcida do Palmeiras, fizeram uma emboscada contra torcedores do Cruzeiro. Durante o ataque, um homem foi morto carbonizado e 17 ficaram feridos.
Agentes da Polícia Rodoviária Federal foram acionados para a ocorrência e, no local, encontraram um ônibus incendiado e outro depredado. Foram apreendidos rojões, fogos de artifício, barras de ferro e madeiras, de acordo com a SSP.
Com a aproximação das equipes da PRF e da Polícia Militar de São Paulo, os agressores envolvidos fugiram pelas vias locais.
Como mostrado pelo Metrópoles, a organizada palmeirense teria monitorado e interceptado os cruzeirenses, que viajavam em dois ônibus na Rodovia Fernão Dias. Os torcedores mineiros voltavam de Curitiba (PR), onde o Cruzeiro jogou nesse sábado (26/10) com o Athletico Paranaense e perdeu por 3 a 0.
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