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Familiares a amigos disseram adeus para a assistente social Marcela Gonçalves Feitosa de Melo, de 37 anos, na tarde de quinta-feira (3/10), no Cemitério Campo da Esperança, de Taguatinga. Marcela morreu na terça-feira (1º/10), após ter o pescoço atingido por uma peça do airbag do carro que dirigia, em acidente de trânsito entre o Sudoeste e o Cruzeiro.
Apaixonada pela assistência social, Marcela deixa duas filhas, de 15 e 19 anos. “(Marcela) era excelente profissional, amiga, mãe, filha. Profissionalmente, em termos acadêmicos, não tem o que falar da Marcela. Dedicada, amava a profissão. Ali realmente era uma assistente social”, contou a amiga Abilia Ramos, 62.
Abilia cursou junto com Marcela assistência social, no Projeção. Enquanto a aposentada concluiu o curso, mas optou por não atuar, Marcela mergulhou na profissão. “Ela era uma profissional exemplar”, reforçou. Segundo Abilia, Marcela tinha um trabalho especialmente focado em ajudar crianças e adolescentes.
Justiça
A amiga cobrou uma apuração rigorosa sobre o acidenta. Para a aposentada, o fato do recall do carro estar pendente não justifica a tragédia. “Que se tenha Justiça, porque esse negócio do airbag, vejo muita gente dizendo que não fez o recall. Mas você compra um bem pensando que vai ter proteção e, de repente, essa proteção se vira contra você? Não justifica”, argumentou.
Relembre o caso
Quando chegaram ao local, as equipes de socorro já encontraram Marcela sem vida. Segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), o acidente ocorreu em frente ao terminal rodoviário do Cruzeiro.
O carro da assistente social não passou por recall. Segundo pesquisa na Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), a montadora anunciou o chamado para reparos em 2020. No entanto, até terça-feira (1º/10), data da tragédia, o serviço estava pendente.
Marcela dirigia um Toyota/Etios SD XS, 2015/2016. A motorista morreu após acidente em via movimentada entre o Sudoeste e o Cruzeiro, por volta das 16h30.
Segundo a Polícia Militar (PMDF), o airbag do veículo foi acionado, e a espoleta — sensor responsável pelo acionamento do equipamento — perfurou a carótida da condutora.
De acordo com o portal do Senatran, a montadora anunciou o recall dos airbags do veículo do motorista e do passageiro em novembro de 2020. Segundo o chamado, o serviço era necessário para corrigir uma eventual ruptura da carcaça do deflagrador com risco de dispersão de fragmentos metálicos junto com a bolsa do airbag.
Por nota, a Toyota lamentou a morte de motorista. A montadora confirmou que o veículo foi chamado para recall, mas que o pedido estava pendente. A empresa ressaltou a importância dos motoristas estarem atentos às champanhas de recall.
Leia a nota completa:
“A Toyota se solidariza com a família da vítima e lamenta o ocorrido. Com relação ao veículo, informa que se encontra com campanha de recall pendente desde 2019. Para que a Toyota possa fornecer maiores informações, será necessária perícia técnica.
Aproveitamos para pedir aos proprietários que verifiquem se os seus veículos estão envolvidos na campanha de recall pelo site https://www.toyota.com.br/meu-toyota/servicos/recall, pelo Toyota Assistência 24 horas no telefone 0800 703 0206 ou diretamente com o concessionário mais próximo. Caso o veículo esteja envolvido na campanha de recall, pedimos que o proprietário entre em contato com a Rede de Concessionárias Toyota para realizar o agendamento. O serviço consiste na substituição do deflagrador da bolsa do airbag, tem duração estimada de até 1 hora e é realizado de forma gratuita”.
Da redação do Conexão Correio com Metrópoles
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