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“conversinha mole”! Diz Nunes ao criticar e subir tom contra ministro Silveira

Ettore Chiereguini / Especial Metrópoles O prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição, chamou nesta terça-feira (15/10) o ministro ...


Ettore Chiereguini / Especial Metrópoles

O prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição, chamou nesta terça-feira (15/10) o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), de “omisso” e criticou “aquela conversinha mole” ao tratar da crise energética na capital, decorrente de falhas no serviço de distribuição de energia feito pela Enel. Parte da cidade está sem eletricidade desde sexta-feira (11/10).

A fala de Nunes ocorreu durante conversa com jornalistas depois de participar de uma cerimônia de aniversário da Rota, grupo especial da Polícia Militar, ao lado do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), seu aliado político. O prefeito fazia críticas ao governo federal, que é o responsável pela concessão de energia, quando foi questionado acerca de alguma ação junto ao PSD, partido com o qual está coligado na campanha de reeleição, uma vez que Silveira é do partido.

“O Ministério de Minas e Energia… eu nem sei que partido que é esse ministro. Para mim, meu amigo, pode ser do partido que for. Se ferir o interesse de São Paulo, pode ser até do meu partido. Eu vou para cima e vou reclamar, porque é um ministro omisso. Eu estive lá com ele, prometeu um monte de coisa, falou bonito, aquela conversinha mole dele”, disse.

“Ele podia cuidar da questão da Amazonas Energia, explicar para a gente também o que aconteceu na Amazonas Energia. E a gente sabe o que aconteceu nas alterações das legislações do ponto de vista energético. Ele tem muito o que explicar”, complementou.

A fala foi em referência à compra da Amazonas Energia, que opera na região Norte do país. A distribuidora foi comprada pela Âmbar Energia, empresa dos irmãos Wesley e Joesley Batista, antes do término da validade de uma medida provisória editada pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que viabilizava a recuperação financeira da empresa.

Nunes vem sendo alvo de uma série de ataques do adversário Guilherme Boulos (PSol) por causa dos apagões. A ofensiva foca na demora para a poda de árvores e na manutenção de semáforos.

“[…] Se tiver alguém que vai ser prejudicado [pelo apagão] é o candidato do governo federal, que foi omisso e está sendo omisso e não fez nada”, disse Nunes — Boulos é o candidato de Lula em São Paulo.

“Aconteceu em novembro do ano passado [outro grande apagão em São Paulo]. Eu pedi a extinção do contrato, a abertura do processo de caducidade ou a intervenção e absolutamente nada aconteceu. A não ser o presidente e o ministro ficarem tomando café e conversando com a Enel no Brasil e no exterior, sinalizando a renovação do contrato”, afirmou.

Nunes disse, ainda, que Boulos “apertou o botão do desespero”.O prefeito, contudo, disse que tem uma boa relação com o governo federal. “Sempre fui muito respeitoso com o presidente Lula. Eu nunca tive contato, reunião com ele, mas sempre fui muito respeitoso. A minha relação com o governo federal é muito boa. Meu contato direto lá é com o ministro Padilha, que é o ministro de Relações Institucionais”, disse.

“A gente conversa, dialoga, não existe nenhum problema. Tudo aquilo que for de interesse da cidade de São Paulo, e vocês sabem disso, vocês são testemunhas disso, eu estou muito aberto para escutar, para conversar. Não existe nenhum problema, não. Agora, a única coisa que eu peço é que o presidente Lula e que o ministro de Minas e Energia entendam o sofrimento de São Paulo. Está nas mãos deles”, afirmou o prefeito.

Da redação do Conexão Correio com Metrópoles

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