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Após ataque de Maduro ministra Cármen Lúcia defende urnas eletrônicas

 Igo Estrela/Metrópoles @igoestrela A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, se manifestou, na manhã desta ...

 Igo Estrela/Metrópoles @igoestrela

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, se manifestou, na manhã desta quarta-feira (24/7), sobre o ataque às urnas eletrônicas brasileiras proferido por Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, durante um comício em Aragua na terça-feira (23).

A ministra defendeu o sistema eleitoral brasileiro dizendo que “as urnas e as eleições brasileiras são auditadas, desde o início do seu processo até o seu final”. A declaração ocorreu em entrevista ao blog do jornalista Valdo Cruz, do G1.

Cármen Lúcia aproveitou para reforçar que jamais foram “comprovados quaisquer tipos de fraudes e erros”, chamando a atenção para o fato de que a Justiça Eleitoral do Brasil “é confiável e pode contar com a confiança da população”.

Durante uma visita a institucional, na manhã dessa terça (23), ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), Cármen Lúcia enfatizou a importância de que todos os eleitores e eleitoras saibam que o voto é sigiloso e que não precisam se submeter a nenhum tipo de pressão para votar em determinados candidatos.

“O voto é inviolável, ninguém pode entrar com o celular na cabine de votação e ninguém pode saber em quem você votou. Isso precisa ficar claro para o eleitor”, disse a ministra.

Auditoria de urnas no Brasil

Ao contrário da alegação de Maduro, o sistema eleitoral brasileiro é rigorosamente auditado. No Brasil, qualquer partido ou coligação pode fiscalizar todas as etapas da votação e apuração dos votos, além do processamento eletrônico dos resultados.

A legislação também permite que partidos políticos contratem empresas privadas para realizar auditorias do sistema eleitoral.

Essas empresas devem seguir critérios específicos para acessar os programas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que são atualizados em tempo real pelo sistema oficial de apuração.

Maduro alfineta sistema eleitoral do Brasil

Durante um comício realizado nessa terça-feira (23/7), em Aragua, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fez críticas ao sistema eleitoral brasileiro, alegando, sem apresentar evidências, que os resultados das urnas eletrônicas no Brasil não são auditados.

“No Brasil, não auditam um único boletim de urna”, afirmou Maduro à plateia presente no evento.

Como forma de comparação, o ditador enalteceu o sistema eleitoral venezuelano, dizendo que são realizadas 16 auditorias e verificadas em tempo real 54% das urnas.

“Temos o melhor sistema eleitoral do mundo. Em que outra parte do mundo se faz isso?”, questionou Maduro.

Além das críticas ao Brasil, Maduro se posicionou contra os processos eleitorais dos Estados Unidos e da Colômbia, afirmando que, em ambos os países, os votos também não são auditados. A íntegra do discurso foi compartilhada em sua conta oficial no X.

Maduro e Lula

A declaração de Maduro surge após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmar que o venezuelano deve respeitar o processo democrático e os resultados das eleições na Venezuela, previstas para o próximo domingo (28/7).

Lula expressou, em entrevista no Palácio da Alvorada, que se assustou com a menção de Maduro a um possível “banho de sangue” no país em caso de derrota.

“Quem perde as eleições toma um banho de voto. O Maduro tem que aprender: quando você ganha, você fica; quando você perde, você vai embora”, comentou Lula.A declaração de Maduro surge após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmar que o venezuelano deve respeitar o processo democrático e os resultados das eleições na Venezuela, previstas para o próximo domingo (28/7).

Lula expressou, em entrevista no Palácio da Alvorada, que se assustou com a menção de Maduro a um possível “banho de sangue” no país em caso de derrota.

“Quem perde as eleições toma um banho de voto. O Maduro tem que aprender: quando você ganha, você fica; quando você perde, você vai embora”, comentou Lula.

Em resposta, Maduro afirmou que “quem se assustou, que tome um chá de camomila”. Ele defendeu que sua declaração foi uma reflexão e que o povo venezuelano está acostumado com desafios, reafirmando que a paz prevalecerá na Venezuela.

Da redação do Conexão Correio com Metrópoles

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