Arte Gil Moura O presidente francês, Emmanuel Macron, já votou no primeiro turno das eleições legislativas da França neste domingo (30/6). A...
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O presidente francês, Emmanuel Macron, já votou no primeiro turno das eleições legislativas da França neste domingo (30/6). As urnas foram abertas no início desta manhã e a líder da extrema direita, Marine Le Pen, também votou nas primeiras horas.
As eleições foram convocadas por Macron antecipadamente, há três semanas, para renovar o Parlamento do país, que pode tornar o governo do presidente inviável na prática, em razão do avanço da extrema direita que tem uma liderança inédita nas pesquisas. O pleito francês ocorrerá em dois turnos, com o segundo marcado para o próximo dia 7.
Após a extrema direita conquistar o maior número de assentos no Parlamento Europeu da História do país, Macron tomou a arriscada e surpreendente decisão de dissolver o Legislativo francês e marcar uma nova votação.
Macron continuará a ser presidente após as eleições, mas terá de escolher um primeiro-ministro de qualquer partido ou aliança que consiga obter a maioria na Assembleia Nacional, independentemente de quão divergentes sejam as suas políticas das suas.
Disputa acirrada
A França tem um sistema político semipresidencialista. Neste modelo, os eleitores elegem os partidos que vão compor o Parlamento. A sigla ou a coalisão que obtiver mais votos indica então o primeiro-ministro, que, no país europeu, governa em conjunto com o presidente — este eleito em eleições presidenciais diretas e separadas das legislativas e que, na prática, é quem ganha mais protagonismo à frente do governo.
Caso o presidente e o primeiro-ministro sejam de partidos políticos diferentes, a França entrará em um chamado governo de “coabitação”, o que ocorreu apenas três vezes na história do país europeu.
O primeiro-ministro atual, Gabriel Attal, é aliado de Macron, mas, se as pesquisas se concretizarem, quem deve assumir o cargo é o Jordan Bardella, de apenas 28 anos, o principal nome do partido de extrema direita de Le Pen, o Reunião Nacional (RN).
As pesquisas mais recentes indicam maioria para o RN. Um levantamento do instituto de pesquisas francês OpinionWay na última sexta-feira (28/6) apontou que o RN poderia alcançar até 37% dos votos, o que representa um aumento de dois pontos percentuais na comparação com uma semana atrás.
O partido centrista de Macron estava em terceiro lugar — atrás do bloco formado por siglas da esquerda — com 20%, uma queda de dois pontos em relação à última publicação.
A coligação de esquerda NFP, formada por socialistas, comunistas e ambientalistas e pelo partido radical França Insubmissa (LFI), já indicou que retirará seus candidatos se chegaram em terceiro lugar ao segundo turno para dar mais chances ao candidato do governo e tentar derrotar a extrema direita.
Da redação do Conexão Correio com Metrópoles
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