Reprodução/Google Maps Pais e mães de estudantes do Colégio Estadual Rocha Leal (foto em destaque), em Águas Lindas (GO), no Entorno do Dist...
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Pais e mães de estudantes do Colégio Estadual Rocha Leal (foto em destaque), em Águas Lindas (GO), no Entorno do Distrito Federal, estão revoltados com uma das monitoras da escola pública, que recebe alunos do 5º ano do ensino fundamental ao 3º do médio. O incômodo começou após a profissional encaminhar um vídeo com fake news sobre uma suposta forma de se curar a dengue.
O vídeo divulgado dizia que 200 mililitros de suco de limão poderiam matar o vírus da dengue e acabar com a carga presente no organismo. Além disso, o boato afirmava que caldo de cana seria o suficiente para tratar de casos hemorrágicos da doença. No entanto, as duas informações são falsas. Para não reproduzir o conteúdo sem comprovação científica, o Metrópoles não publicará o conteúdo na íntegra.
A instituição de ensino onde trabalha a monitora recebe aproximadamente mil estudantes e conta com turmas de turno integral. A mãe de um dos alunos do colégio contou à reportagem que ficou indignada após receber a mensagem da monitora, em um grupo de WhatsApp da comunidade escolar.
Além do vídeo, a mensagem da monitora dizia não ser necessário se vacinar contra a dengue caso fosse seguido o procedimento enganoso. “Primeiro, eu até acreditei e repassei. Depois, falaram para mim que era fake”, contou a mãe, que pediu para não ter o nome divulgado. “Achei um absurdo ser [uma mensagem no grupo] da direção [da escola] e saber que o vídeo era falso”.
A monitora trabalha na coordenação disciplinar da escola e, no grupo de WhatsApp onde circulou a fake news, apenas os administradores poderiam enviar mensagens – como é o caso dela. O grupo é usado para repasse de informes e recados da instituição de ensino aos responsáveis pelos estudantes.
Questionada pela reportagem a respeito do episódio, a monitora – que terá o nome preservado por não ser responsável pela gestão da escola – respondeu que não sabia da inveracidade do conteúdo compartilhado. Ela disse ainda ter atendido ao pedido de uma professora, que não faz parte do grupo, mas pediu que a colega enviasse a mensagem pela plataforma.
A monitora detalhou que atendeu à solicitação pelo fato de o colégio ter registrado muitos casos de dengue entre alunos e funcionários recentemente. Contudo, reconheceu saber que muitas “receitas” divulgadas pela internet não têm fundamento.
Minutos depois do contato com a reportagem, a monitora se retratou no grupo da comunidade escolar e removeu o vídeo da conversa. Ela também publicou checagens de notícias que desmentem a falsa informação de cura da dengue por meio do consumo de limão e caldo de cana.
O Metrópoles questionou a Secretaria de Educação de Goiás sobre o ocorrido, mas não teve resposta até a mais recente atualização desta reportagem. O espaço segue aberto eventuais manifestações.
Da redação do Conexão Correio com Metrópoles
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