Gonet demite da PGR autor de mensagens golpistas e fake news; veja - Conexão Correio

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Gonet demite da PGR autor de mensagens golpistas e fake news; veja

Reprodução/YouTube Um funcionário em função comissionada da Procuradoria-Geral da República, acusado de disseminar notícias falsas e mensage...

Reprodução/YouTube

Um funcionário em função comissionada da Procuradoria-Geral da República, acusado de disseminar notícias falsas e mensagens com teor golpista contra o Supremo Tribunal Federal (STF) em listas de transmissões do WhatsApp durante as eleições de 2022, foi demitido pelo atual procurador-geral da República, Paulo Gonet. Antônio Rios Palhares trabalhava na Procuradoria-Geral da República (PGR) desde 2020 e foi citado em um relatório da Polícia Federal (PF) encaminhado ao STF.

A exoneração de Antônio Palhares foi publicada no Diário Oficial na última semana. O homem atuava na Secretaria de Segurança Institucional e ganhava R$ 5,2 mil.

A Polícia Federal encontrou diversos diálogos com teor golpista entre Palhares e o dono da imobiliária Tecnisa, Meyer Nigri. Em relatório da PF, as mensagens de Palhares foram incluídas na investigação das milícias digitais

Foi constatado que Antônio Palhares foi o responsável por intermediar encontros de Nigri com integrantes da PGR e ainda ofereceu um carro da procuradoria-geral para que o empresário fosse transportado enquanto estivesse em Brasília.

Em uma das mensagens enviadas por Palhares a Nigri, em 28 de abril de 2022, foi comentada uma tentativa de encontro entre os ministros do Supremo Tribunal Federal e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Marcada para agosto de 2021 a reunião foi cancelada devido aos ataques de Bolsonaro ao Judiciário na época. Na mensagem, Antônio Palhares afirma que ‘apenas uma ação das Forças Armadas poderia enquadrar o STF’.

Em seguida, o ex-funcionário da Procuradoria Geral da República enviou um vídeo que mostrava uma entrevista do ministro do STF Luiz Fux sobre a tentativa de encontro com Jair Bolsonaro. “Foi só os militares baterem os coturnos mais forte e o presidente do STF Luiz Fux foi pedir ‘penico’ a Bolsonaro”, dizia a legenda do vídeo.

De acordo com a PF, “a mensagem escrita e o vídeo passaram, de forma falsa, a mensagem de que as Forças Armadas teriam intimidado o STF”.

A Polícia Federal ainda encontrou grupos de WhatsApp de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, mantidos por Palhares. O homem pediu ao empresário Meyer Nigri que as mensagens enviadas por Bolsonaro fossem encaminhadas a ele para que fossem repassadas aos seus contatos.

Em um dos diálogos, Nigri disse que repassaria vídeos recebidos de Bolsonaro e o ex-funcionário da PGR respondeu que iria disseminar o conteúdo. Palhares ainda pediu ao empresário para que o indicasse a um posto de trabalho na campanha eleitoral de Bolsonaro durante as eleições de 2022.

O que dizem Palhares e Nigri?

Procurado pelo UOL, Antônio Palhares afirmou que não iria comentar o assunto. “Melhor ficar calado, isso ocorre sempre que há mudanças”, disse o bolsonarista.

A defesa de Meyer Nigri, por outro lado, afirmou que o empresário foi inquirido pela PF sobre os diálogos com Palhares. De acordo com os advogados, Nigri recebia diversas mensagens, mas Meyer “não deu maior atenção” às do ex-funcionário da PGR. “Ele explicou que não tinha nenhum relacionamento com tal pessoa”, disse o advogado Alberto Toron.

Da redação do Conexão Correio com Metrópoles

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