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Nove suspeitos de lavagem de dinheiro foram presos em Brazlândia pela PCDF

Foto divulgação/PCDF) Na manhã desta quarta-feira (20/12), policiais da 8ª Delegacia de Brazlândia deflagraram a operação Old West e prender...

Foto divulgação/PCDF)

Na manhã desta quarta-feira (20/12), policiais da 8ª Delegacia de Brazlândia deflagraram a operação Old West e prenderam, temporariamente, nove pessoas envolvidas em crimes de lavagem de dinheiro praticados entre 2018 e 2023 na cidade de Brazlândia. Além dos mandados de prisão, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão. Todos os mandados de prisão e busca foram cumpridos em Brazlândia.

Tudo começou em março de 2018, quando a Polícia Civil do DF e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) deflagraram a Operação Trickster, que apurou condutas de corrupção e desvio milionário de recursos do extinto Transporte Urbano do Distrito Federal (DFtrans) por meio de fraudes no sistema de bilhetagem.

Segundo a polícia apurou, após a deflagração da Operação Trickster, as pessoas presas na manhã desta quarta-feira (20/12) constituíram uma organização criminosa na cidade de Brazlândia para branquear os valores desviados do DFtrans e evitar bloqueios judiciais. O esquema era conduzido por um casal de empresários da cidade que contava com a atuação de dois filhos e outros dois parentes. Também havia a participação de “laranjas” e “testas de ferro”, bem como de um analista do MPDFT, que recebia propina do grupo criminoso.

As empresas do casal favorecidas pelas condutas de corrupção foram colocadas em nome de “laranjas” e “testas de ferro”, que são parentes e funcionários dos investigados, e continuaram a prestar serviços e a receber valores do GDF e de prefeituras. Em seguida, para ocultar e dissimular os valores oriundos dos estelionatos contra a Administração Pública e dos contratos maculados pelas condutas de corrupção, bem como impedir bloqueios judiciais, o casal constituiu organização criminosa composta por familiares, “testas de ferro” e um analista do MPDFT.

O grupo realizava a imediata transferência dos valores recebidos nas contas empresariais para as contas poupanças de filhos, parentes e amigos do casal investigado. Em seguida, promovia retiradas diárias de valores dessas contas poupanças para repasse às contas das empresas, tudo visando dissimular os valores sujos e evitar bloqueios judiciais. Entre as contas poupanças utilizadas pelo casal estão as de filhos que, à época da investigação, contavam com quatro e 15 quinze anos de idade.

Segundo a polícia, a organização criminosa era permanente, estável, hierarquizada e possuía divisão de tarefas. Era baseada em Brazlândia e, além dos nove integrantes, contava com atuação de pelo menos 15 laranjas. As operações de ocultação e dissimulação do grupo criminosos foram praticadas em uma única agência bancária de Brazlândia e promoveram o branqueamento de R$ 31.120.783.

Crimes

O casal preso na manhã desta quarta (20/12) figura como réu em três ações penais, todas referentes à Operação Trickster. Nesses processos, são imputados ao casal crimes de estelionato contra a administração pública, corrupção ativa e associação criminosa.

Entre 2017 e 2018, pela consultoria prestada durante os desvios no DFtrans, o analista do MPDFT recebeu R$ 24 mil do casal de empresários de Brazlândia. Já no ano de 2020, por novos serviços advocatícios, o mesmo servidor recebeu R$ 10 mil do casal, através da conta de sua esposa. A PCDF pediu a prisão temporária do servidor do MPDFT, mas a prisão foi indeferida após parecer contrário do MPDFT.

Da redação do Conexão Correio com Correio Brasiliense

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