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Foi realizada no DF operação contra tráfico internacional de drogas e armas pela PF

Foto divulgação/PF A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta terça-feira (5/12), a Operação Transloading com o objetivo de desarticul...

Foto divulgação/PF

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta terça-feira (5/12), a Operação Transloading com o objetivo de desarticular grupo criminoso especializado no tráfico internacional de drogas e de armas de fogo que atuava em diversos estados, transportando os materiais ilícitos da região de fronteira até o Nordeste do Brasil.

A ação visou o cumprimento de 37 mandados de prisão preventiva e 52 de busca e apreensão expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Piauí, e contou com a participação de 180 policiais federais para a execução das ordens judiciais nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás, Pará, Maranhão, Ceará, Paraíba, Piauí e no Distrito Federal.

Durante as investigações, que foram iniciadas no final de 2022, foi identificado um grupo de distribuidores e comerciantes de droga estabelecidos no Piauí, Maranhão e Ceará, que se valiam da estrutura de sítios e imóveis rurais para armazenar os entorpecentes trazidos da Bolívia e do Paraguai, e, posteriormente, vendê-los em Teresina (PI), Imperatriz (MA) e Fortaleza (CE).

Apurou-se também que parte desses investigados tem relação com as facções criminosas que atuam nestes três estados. O caminhoneiro, responsável pelo transporte do entorpecente é morador de Brasília.

Transporte

A Polícia Federal concentrou a investigação no grupo logístico da associação criminosa, responsável pelo transporte da droga oriunda da fronteira por rodovias do país.

Nessa fase, foram presos outros 10 caminhoneiros no Piauí, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Sergipe e Paraíba, e apreendidas cerca de 3 toneladas de maconha e cocaína.

Os principais líderes e fornecedores de droga do esquema criminoso foram identificados em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná, de onde comandavam as ações e o envio dos entorpecentes para o Nordeste.

Segundo a polícia, foi possível coletar indícios de tráfico internacional e de comércio ilegal de armas de fogo e munições.

R$ 200 milhões

Além dos integrantes do núcleo operacional e logístico do grupo criminoso, diversas pessoas físicas e jurídicas foram utilizadas para movimentar os valores ilícitos provenientes dos crimes, com o objetivo de criar uma rede estruturada de pagamento das drogas e armas comercializadas.

Nesse ponto, foi deferido o bloqueio e sequestro de valores na ordem de R$ 200 milhões das contas bancárias dos investigados, além da apreensão de veículos que estão na posse do grupo.

Os investigados responderão, na medida da sua participação, pelos crimes de tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico, tráfico internacional e comércio ilegal de armas de fogo e munições, dentre outros em apuração.

Após ouvidos, os presos serão encaminhados aos sistemas penitenciários estaduais, onde permanecerão à disposição da Justiça.

Transloading

O nome da operação se refere à transferência de mercadorias de um meio de transporte para outro a caminho de seu destino.

É uma alusão ao modus operandi do grupo criminoso, que utilizava o transporte terrestre, fluvial e aéreo para concretizar a cadeia ilícita do tráfico internacional de drogas e armas de fogo.

Da redação do Conexão Correio com Metrópoles

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