A motorista da van escolar em que um menino de 4 anos foi encontrado morto, na Mooca, zona leste de São Paulo, foi presa em flagrante por ho...
A motorista da van escolar em que um menino de 4 anos foi encontrado morto, na Mooca, zona leste de São Paulo, foi presa em flagrante por homicídio culposo, na tarde dessa segunda-feira (18/12). A informação foi confirmada pela Secretaria da Segurança Pública (SSP).
À polícia, a mulher de 52 anos disse que, após deixar as crianças no Centro de Educação Infantil (CEI) Brás/Mooca, estacionou o veículo no quarteirão, na rua João Caetano, e foi “realizar outras atividades”. Quando retornou para buscar as crianças, ela notou que o menino não estava na escola.
A motorista decidiu procurá-lo na van e encontrou o corpo do menino debaixo de um dos bancos do veículo. Ela própria acionou a Polícia Militar (PM), segundo o registro da ocorrência.O local foi preservado para a perícia e a motorista foi levada à delegacia, onde foi presa em flagrante e encaminhada à carceragem do 6°DP (Cambuci), permanecendo à disposição da Justiça.
O que diz a prefeitura
Em nota, a Prefeitura de São Paulo, que administra a escola infantil, afirmou que está consternada e lamenta profundamente o ocorrido. A administração municipal informou que a Diretoria Regional de Educação acompanha o caso e o Núcleo de Apoio e Acompanhamento para a Aprendizagem, composto por psicólogos e psicopedagogos, foi acionado para atender a família da vítima.
De acordo com o Departamento de Transportes Públicos (DTP), a van escolar em questão realiza transporte privado e não está vinculada ao serviço de Transporte Escolar Gratuito. “O DTP já cassou o Cadastro Municipal de Condutores Escolares (CRMC) das motoristas vinculadas ao veículo e a licença da van escolar”, disse a prefeitura.
A administração municipal afirma que a contratação da van escolar privada ocorre entre o condutor e o responsável pela criança, “não havendo intermediação da Prefeitura”. O veículo escolar, com fabricação em 2015, está cadastrado no sistema para o transporte escolar privado e em situação regular, disse a prefeitura.
“O veículo escolar passou por vistoria em março de 2023 e foi aprovado, a licença para o transporte escolar é válida até 08 de fevereiro de 2024 e a documentação das motoristas é regular”, completa a nota.
Mais uma criança morta
O caso ocorre pouco mais de um mês após outra criança morrer por ter sido esquecida dentro de uma van escolar.
No dia 14 de novembro, o menino Apollo Gabriel, de apenas 2 anos, morreu na Vila Maria, zona norte de São Paulo, após ficar mais de 6 horas trancado no veículo.
O casal dono da van foi acusado de homicídio e admitiu que errou na contagem das crianças. A dupla alegou que a mulher foi trabalhar no dia da tragédia sentindo mal-estar e enxaqueca.
Da redação do Conexão Correio com Metrópoles
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