Foto reprodução CL/DF George Washington de Oliveira, condenado por tentativa de atentado, se recusou a responder à maioria das perguntas dos...
Foto reprodução CL/DF |
George Washington de Oliveira, condenado por tentativa de atentado, se recusou a responder à maioria das perguntas dos parlamentares em depoimento nesta quinta-feira (29). Ele também se contradisse quanto aos questionamentos que escolheu responder, na CPI dos Atos Antidemocráticos, na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).
Em depoimento à Polícia Civil, ele confessou que tinha intenção de explodir uma bomba nas proximidades do Aeroporto de Brasília. Ele também disse que foi à capital para participar dos protestos para "acabar com o comunismo" e "aguardar o acionamento das Forças Armadas para pegar em armas".
No entanto, aos parlamentares, George Washington afirmou que só ia para o acampamento em frente ao Quartel-General para "observar o movimento".
"Como já falei, ia lá para frente. Ia observar o movimento na praça em frente ao quartel. Nenhuma expectativa", disse.
George Washington confirmou que é Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC). Na CPI, ele negou que conhecia outros CACs que frequentavam o acampamento. Porém, no depoimento à polícia, ele afirmou que se reunia com outros CACs que estavam acampados no QG.
'Permanecerei calado'
"Vou permanecer calado" foi a resposta de George Washington para quase todos os questionamentos feitos pelos deputados que integram a comissão.
Ele confirmou que conheceu Alan Diego dos Santos no acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, mas que teve "poucas conversas" com ele. Alan também está preso e prestou depoimento na CLDF nesta quinta-feira (29).
Veja algumas perguntas que ele se recusou a responder:
Qual foi sua participação no plano de explodir o Aeroporto de Brasília?
Após colocar a bomba no Aeroporto de Brasília, o senhor voltou ao Quartel-Geral do Exército?
Aonde o senhor ficou hospedado em Brasília?
O senhor tem dúvida sobre o processo eleitoral brasileiro?
À CPMI dos Atos Golpistas, George Washington disse que a bomba não tinha poder explosivo. A afirmação contrariou a fala de peritos da Polícia Civil do DF, que também falaram à comissão e afirmaram que o risco letal de uma eventual explosão chegaria a 300 metros do caminhão onde foi colocado o explosivo. O veículo estava carregado de querosene de aviação.
"Esse artefato que vocês falam, que a imprensa fala que era dinamite, até os próprios peritos falaram na perícia deles que era nitrato de amônia, com outra mistura. Não tinha poder de explosão", afirmou George Washington.
Apesar de ter confessado que tinha intenção de explodir o artefato no aeroporto de Brasília, Sousa disse aos parlamentares da CPMI que "seria uma loucura, uma insanidade" colocar uma bomba em um caminhão tanque.
"Eu acabaria com toda a minha vida. Eu não seria louco, de colocar um artefato explosivo em cima de um caminhão. Jamais na minha vida", disse.
Da redação do Conexão Correio com g1/DF
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