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O agente ambiental federal Roberto Cabral foi às redes sociais para criticar decisão judicial que devolveu a capivara Filó para o influenciador digital Agenor Tupinambá. O servidor do Ibama publicou vídeo nesta segunda-feira (1º/5).
O analista ambiental rebateu os argumentos usados na redes sociais para defender que o animal silvestre fique com Agenor, como o fato de que ele mora integrado à floresta, por ser um ribeirinho.
“Não se trata apenas de uma capivara a discussão. Se trata de uma capivara, de outra capivara que teria morrido, de duas preguiças, sendo que uma delas morreu, de duas jiboias, de uma paca, de uma arara, dois papagaios, uma coruja, uma aranha. Ou seja, uma série de animais que foram explorados de forma ilegal para se conseguir likes na internet”, afirma Roberto Cabral.
O servidor do Ibama reitera que a exploração de imagem dos animais e a criação deles em cativeiro é proibida no Brasil. Cabral lembra ainda que Agenor sabe da legislação ambiental vigente no Brasil.
“Se trata de um influencer, e não um ribeirinho. Ele é um fazendeiro, um peão boiadeiro, não é uma pessoa hipossuficiente, é uma pessoa com milhares de seguidores, inclusive com assessoria de marketing e assessoria jurídica também, então não é uma pessoa que desconhecia leis. É um estudante de agronomia que estuda em Manaus, onde está o Ibama, então ele poderia ter, em algum momento, já procurado o Ibama e já entregue os animais”, argumentou o analista ambiental.
Por fim, Cabral criticou o argumento de que Agenor Tupinambá vive integrado à floresta.
“A decisão judicial prejudica e muito a reintrodução desse animal. O melhor destino pra capivara não é ficar em uma casa, mesmo que seja uma flutuante, lembrando que ali é uma área desmatada e não existem capivaras naquele local. O melhor pra ela é ser realmente livre com outros da sua espécie, o Cetas (Centro de Triagem de Animais Silvestres) é o início desse processo. Nós lutaremos pra que o melhor destino dela seja cumprido, e o melhor destino dela é ser livre, realmente na mata e com outros de sua espécie, e não sendo humanizada”, finalizou.
Da redação do Conexão Correio com Metrópoles
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