Foto divulgação PM/DF O Governo do Distrito Federal (GDF) promoveu dois policiais militares por atos de bravura ao tentar conter ataques gol...
Foto divulgação PM/DF |
O Governo do Distrito Federal (GDF) promoveu dois policiais militares por atos de bravura ao tentar conter ataques golpistas em 8 de janeiro, em Brasília. Eles estavam na cúpula do Congresso Nacional quando foram agredidos; a soldado Marcela Pinno chegou a ser jogada de uma altura de 3 metros (veja vídeo acima).
A promoção foi publicada, na última sexta-feira (5), no Diário Oficial (DODF):
Os dois policiais do Batalhão de Choque são primeiros PMs de Brasília a receber uma promoção pela atuação no dia 8 de janeiro. Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF), há ainda processo de avaliação para a possível promoção de outros 40 militares por atos de bravura no dia dos ataques às sedes dos três poderes.
Marcela e Beroaldo foram jogados da cúpula do Congresso Nacional a uma altura de três metros. Ela era escudeira e estava protegendo uma das entradas de acesso, quando foi cercada pelos criminosos.
A policial foi agredida com barras de ferro, chegou a cair e foi golpeada no chão pelos criminosos. O colega foi resgatar a soldado, mas passou a ser o alvo dos golpistas e também recebeu golpes com barra de ferro na cabeça.
Depois da agressão, os policiais militares receberam atendimento do Corpo de Bombeiros na Esplanada dos Ministérios e, por decisão própria, voltaram para a linha de frente. Eles só deixaram o local por volta de uma hora da manhã do dia 9 de janeiro.
'Medo que gelava a alma'
Os militares promovidos são do Batalhão de Choque, do 3º Pelotão da Companhia de Patamo, e estavam escalados para trabalhar no dia 8 de janeiro. Naquele dia, 20 policiais do pelotão tentavam dispersar os milhares de invasores do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e da sede do Supremo Tribunal Federal (STF).
Como funciona a promoção por ato de bravura?
A promoção por ato de bravura é resultado de um ato incomum de coragem e audácia que ultrapassa os limites do cumprimento do dever. Ela é dada por um feito histórico relevante às operações policiais militares ou à sociedade.
Segundo o Decreto n° 37.483/2016, para que o agente seja promovido por ato de bravura, há uma série de requisitos a ser cumprida. Confira abaixo:
Atos incomuns de coragem e audácia no desempenho de ações da atividade policial militar;
Indícios de que a conduta apurada ultrapassou os limites normais do cumprimento do dever;
Prática de ato que represente feito excepcionalmente valioso pelos resultados alcançados ou pelo exemplo edificante;
Existência de prova inequívoca de que o perigo era certo (com real probabilidade de dano), conhecido, iminente, inevitável e que não era exigível ao militar enfrentá-lo;
Que esteja comprovada a individualidade e a discricionariedade do autor em relação à exposição ao risco excessivo, caracterizadores de coragem e audácia no desempenho da ação apreciada.
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