Novos vídeos da briga entre um motoboy e um oficial da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) mostram como tudo começou. Imagens de câme...
Novos vídeos da briga entre um motoboy e um oficial da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) mostram como tudo começou. Imagens de câmeras de segurança de um condomínio de Vicente Pires mostram o motociclista na porta do residencial, quando ele tem a moto atingida pelo carro do PM.
Os vídeos apontam a mesma dinâmica relatada pelo motoboy em áudios enviados no WhatsApp. Ele estava no portão de um condomínio, que se abriu. Nessa hora, o tenente-coronel Marcelo Alves tentava sair com o carro. O motoqueiro, então, desiste de entrar, dá ré e chega a frear a moto.
O policial bate na motocicleta parada e, então, inicia aí toda a confusão. Nos áudios, o motoboy relatou que estava entrando no condomínio para fazer uma entrega. “Eu pensando que ele fosse parar para que eu passasse ao lado, mas ele acelerou e bateu na moto”, diz.
Outra câmera de segurança mostra que os dois descem dos veículos e começam a discutir. O motoqueiro cruza os braços enquanto conversa com o PM, que, em menos de dez segundos de conversa, já parte para a agressão e dá um soco no rosto da vítima, ainda de capacete.
O motoboy corre, se protege e atinge Marcelo com o capacete, na tentativa de afastar o militar. O policial chega a derrubar a motocicleta no chão, extremamente enfurecido, e não consegue ser contido por uma mulher que estava no carro com ele.
Após anotar a placa da moto, ele sobe e dá pulos no bagageiro até quebrar o equipamento. A coluna Na Mira apurou que o oficial está lotado na Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) e que tem mestrado em ciência política, com foco em direitos humanos, cidadania e violência.
O Metrópoles tentou contato com Marcelo Alves, mas não teve resposta até a última atualização desta reportagem. O espaço segue aberto. Já a Polícia Militar disse que tinha conhecimento do vídeo, mas não confirmou que o agressor do motoboy era o tenente-coronel Marcelo Alves. A PM também alegou que a briga não ocorreu em área militar e, por isso, não se trata de um crime militar.
A conduta do policial será apurada pela Corregedoria da Polícia Militar do Distrito Federal, órgão de origem do servidor. A SSP vai acompanhar o caso.
Da redação do Conexão Correio com Metrópoles
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