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Idoso de 74 anos mata bisneto de 4 meses em explosão; entenda

Foto reprodução TV/Globo O homem de 73 anos preso em flagrante por homicídio, suspeito de ter causado a explosão que matou uma bebê de 4 mes...

Foto reprodução TV/Globo

O homem de 73 anos preso em flagrante por homicídio, suspeito de ter causado a explosão que matou uma bebê de 4 meses nesta terça-feira (22/4) na Brasilândia, bairro da zona norte de São Paulo, era o bisavô da vítima. O homem, identificado como Euclides Ferreira, teve 50% do corpo queimado na ação.

Outras três pessoas da família ficaram feridas, sendo uma adolescente de 12 anos e dois adultos, pais das vítimas. Segundo o boletim de ocorrência obtido pelo Metrópoles, o pai da família, de nome Vinícius de Medeiros Bispo, contou à polícia que Euclides já havia os ameaçado de morte e que havia bastante desavença no local.

Vinícius era pai de Maitê Alice Ferreira Medeiros, de quatro meses, morta na explosão, e vivia junto com a companheira, a enteada e a filha no imóvel que Euclides era dono. O suspeito morava no andar de baixo da casa, enquanto a família residia em cima.

Segundo o depoimento de Vinícius, o suspeito sempre lhe tratou mal, corria atrás dele com uma faca e ameaçava de morte, mas que nunca fez boletim de ocorrência porque acreditava que Euclides tinha “problemas psicológicos”. De acordo com o testemunho, o suspeito entrou em luta corporal com o depoente dois meses atrás, onde se agrediram mutuamente, mas sem acionamento da polícia.

O suspeito pedia a saída da família da casa.

No dia anterior à explosão, Vinícius contou que viu Euclides entrando no imóvel com um botijão de gás e estranhou a ação, visto que o homem de 73 anos havia comprado um botijão há pouco tempo.

Por volta das 6h da manhã desta terça-feira (22/4), Vinícius acordou com a explosão e com a enteada dizendo que quebrou a perna no ocorrido.

Euclides teria tentado fugir do local logo após o ocorrido, mas foi detido na rua ao lado. Por estar com muitas queimaduras, ele foi socorrido sob escolta ao pronto-socorro do Hospital Geral Vila Penteado.

Na unidade de saúde Euclides contou que na manhã desta terça abriu o botijão, mas que o objeto estava vazando gás e não conseguiu mais fechar. Duas horas depois, ele contou que ascendeu um isqueiro no quarto para iluminar o local e achar o celular e que nesta hora, houve a explosão. Euclides ainda contou que “tem muitos problemas com a sua neta e companheiro, que moram na parte de cima”.

O suspeito é acusado pelos crimes de explosão, lesão corporal qualificada e homicídio qualificado. A polícia pediu a prisão preventiva de Euclides.

O que aconteceu

A ocorrência foi na Avenida Humberto Gomes Maia, no numeral 351.

Dez viaturas do Corpo de Bombeiros foram empenhadas na ocorrência, que teve início por volta das 6h17 desta terça.

Informações preliminares da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros apontam que houve uma explosão ambiental motivada por vazamento de gás de cozinha (GLP) na residência, o que causou o desabamento. Um incêndio teve início a partir da explosão, mas foi controlado por populares.

O recém-nascido foi uma das seis vítimas socorridas pelos bombeiros nesta terça. Ele foi internado no Hospital da Brasilândia, mas não resistiu aos ferimentos.

Cinco vítimas são da mesma família: o pai, a mãe e seus três filhos, sendo duas crianças e o bebê. As vítimas foram atendidas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Às 8h30, a ocorrência foi encerrada e o local foi deixado aos cuidados da Defesa Civil e da polícia.

O caso foi registrado como explosão, lesão corporal e homicídio no 72° Distrito Policial (Vila Penteado).

Em nota, a Prefeitura de São Paulo informou que está com equipes atendendo a ocorrência no imóvel.

A Defesa Civil e os engenheiros da Secretaria Municipal das Subprefeituras (SMSUB) estão no local para realizar a vistoria após liberação do Corpo dos Bombeiros.

Equipes da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) também irão ao local.

As três vítimas que o Samu atendeu, encaminhadas ao Hospital Municipal Adib Jatene (Brasilândia), seguem em observação, com quadro estável.

Sobre o bebê de quatro meses que faleceu, a prefeitura informou que foram realizados todos os esforços intensivos para reverter o quadro e seguidos todos os protocolos de emergência. “A gestão lamenta a perda e se solidariza com a família”, diz a nota.

Da redação do Conexão Correio com Metrópoles

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