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Eita! Escuta em carro flagrou preocupação de alvos da PF com decisão de Dino; entenda

Foto reprodução Uma escuta ambiental realizada pela Polícia Federal na operação Overclean mostra a preocupação dos investigados com as decis...

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Uma escuta ambiental realizada pela Polícia Federal na operação Overclean mostra a preocupação dos investigados com as decisões do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, de bloqueio do pagamento de emendas parlamentares.

A Overclean investiga uma organização criminosa suspeita de desvios milionários em contratos com Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), municípios e estados. Informações coletadas pela PF mostram uma movimentação do grupo, entre créditos e débitos, de R$ 1,4 bilhão entre 2018 e 2024.

A PF instalou uma escuta no carro do empresário Alex Parente. Ao lado do irmão, Fabio Parente, e do empresário José Marcos de Moura, conhecido como Rei do Lixo na Bahia, Alex é apontado como líder da organização criminosa investigada na Overclean.

As gravações foram um dos elementos utilizados pela PF para pedir busca e apreensão contra o coordenador do DNOCS na Bahia, Rafael Guimarães de Carvalho. Uma das empresas ligadas ao irmãos Parente fechou mais de R$ 100 milhões em contratos com o órgão.

Como mostrou a coluna, mesmo após ser alvo da Overclean, Rafael Guimarães é mantido no cargo pelo governo Lula (PT).

“Em relação ao atual coordenador estadual do DNOCS na Bahia, Rafael Guimarães de Carvalho, citado nos trechos acima, um diálogo obtido na Captação Ambiental de conversas no veículo de Alex Parente, sugere, além de uma relação de confiança e proximidade com Alexa Parente, as tratativas acerca da licitação de 2024”, diz a PF sobre a gravação de agosto de 2024.

A PF não transcreve a íntegra da conversa na representação pela busca contra Rafael Guimarães, mas faz um resumo do que os dois alvos falaram naquele dia.

Em determinado momento, diz a PF, Alex e Rafael “conversam sobre decisão recente do STF acerca dos pagamentos de obras” e o coordenador do DNOCS “demonstra preocupação com os empenhos e os pagamentos das obras com a decisão do STF”.

Segundo a PF, Rafael diz na conversa que as “obras dele são oriundas de emendas”.

Ainda segundo o relatório, o chefe do DNOCS “demonstra preocupação com esse travamento dos pagamentos” e os dois falam de possíveis dificuldades financeiras das empresas. “É difícil ter um ‘folêgo’ de 10, 15 milhões”, diz trecho do resumo da conversa citado pela PF.

Na época da gravação pela escuta, o ministro Flávio Dino, do STF, começava a endurecer contra o Congresso em relação à transparência na indicação de emendas.

Dias antes da gravação, em 2 de agosto, o governo, com base em uma decisão de Dino, havia suspendido os pagamentos de emendas. No dia da gravação, em 8 de agosto, o ministro determinou que o governo e o Congresso prestassem informações sobre as indicações e as destinações de recursos das emendas de comissão.

Da redação do Conexão Correio com Metrópoles

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