Foto vídeo reprodução Um ataque aéreo da Ucrânia a uma praia perto da cidade de Sebastopol, na península da Crimeia, região anexada pela Rús...
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Um ataque aéreo da Ucrânia a uma praia perto da cidade de Sebastopol, na península da Crimeia, região anexada pela Rússia, fez com que banhistas fugissem às pressas do lugar. Vídeo do momento do ataque pode ser visto abaixo. Segundo Moscou, a ação militar deixou quatro mortos, incluindo duas crianças, e mais de 150 feridos.
No vídeo, os banhistas aparecem correndo em debandada, e feridos são carregados em espreguiçadeiras. A Ucrânia não comentou o ataque, ocorrido no último fim de semana.
O Kremlin culpou diretamente os Estados Unidos pelo ataque, já que os mísseis foram fornecidos pelos norte-americanos. Moscou advertiu o embaixador dos EUA formalmente que haverá retaliação.
A guerra na Ucrânia aprofundou uma crise nas relações entre Rússia e o Ocidente. Autoridades russas disseram que o conflito está entrando na escalada mais perigosa até agora.
No entanto, culpar diretamente os EUA por um ataque contra a Crimeia, que a Rússia anexou unilateralmente em 2014, embora a maioria do mundo a considere parte da Ucrânia, é um passo além.
“Vocês deveriam perguntar aos meus colegas na Europa e, acima de tudo, em Washington, os secretários de imprensa, por que os seus governos estão matando crianças russas”, afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a repórteres.
A Rússia afirmou que, além de fornecer armas, os militares norte-americanos teriam apontado os alvos e fornecido dados.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia convocou a embaixadora norte-americana, Lynne Tracy, e lhe disse que Washington está "travando uma guerra híbrida contra a Rússia e de fato se tornou parte do conflito".
"Definitivamente haverá medidas retaliatórias", disse.
EUA diz fornecer armas para defesa de território
Tracy afirmou que Washington lamenta qualquer morte de civis, disse a repórteres o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller. Ele acrescentou que Washington fornece armas à Ucrânia para que ela possa defender seu território soberano, incluindo a Crimeia.
O porta-voz do Pentágono, major Charlie Dietz, disse que a “Ucrânia toma suas próprias decisões sobre alvos e conduz suas próprias operações militares”.
O presidente russo, Vladimir Putin, alertou repetidas vezes sobre o risco de uma guerra muito mais ampla, envolvendo as maiores potências nucleares do mundo. Ele já declarou, no entanto, que a Rússia não quer um conflito com a Otan, aliança militar liderada pelos Estados Unidos.
Medidas de retaliação
O presidente norte-americano, Joe Biden, descartou enviar tropas dos EUA para lutar na Ucrânia e disse, pouco depois da invasão russa, em 2022, que um confronto direto entre a Otan e a Rússia seria a Terceira Guerra Mundial.
No último dia 20, Putin afirmou que a Rússia pode fornecer armas à Coreia do Norte, no que sugeriu que seria uma resposta equivalente ao Ocidente armando a Ucrânia.
Questionado sobre o que seria a resposta russa ao ataque na Crimeia, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, lembrou as palavras de Putin em 6 de junho sobre um posicionamento mais amplo de armas convencionais.
"Claro, o envolvimento dos Estados Unidos no conflito, cujo resultado são russos pacíficos morrendo, tem que ter consequências", disse Peskov. "Quais elas serão? O tempo dirá."
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