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investigação minuciosa em caso de furto de armas no DF é traçado pela polícia

 Fotos Minervino Júnior/CB/D.A.Press) Cuidadosamente planejado, o furto que causou um prejuízo milionário é investigado pela  Coordenação de...

 Fotos Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

Cuidadosamente planejado, o furto que causou um prejuízo milionário é investigado pela  Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri) e está sob sigilo por causa das muitas suspeitas que envolvem o caso. De uma só vez, cem armas entre fuzis, pistolas e revólveres de diferentes calibres foram furtados de um cofre que estava trancado e com acesso limitado.

O Correio apurou que as armas foram furtadas da loja Delta Guns, na QNM 17 de Ceilândia, especializada nesse tipo de produto. Para o crime, os suspeitos escavaram as paredes da loja vizinha à Delta e, por ali passaram. Uma vez dentro do local onde estava o cofre, conseguiram retirar os armamentos. Não se sabe se o cofre foi arrombado ou aberto.

Durante o dia, o local onde fica a Delta Guns é movimentado e cercado de comércio familiar, como salões de beleza e academia, mas à noite, o vazio predomina. Foi justamente no período entre noite e madrugada que houve o crime, segundo as investigações preliminares. A região é apontada como área de insegurança por causa da falta de luminosidade e de pessoas.

A reportagem esteve no local, mas o dono da loja, Tiago Henrique Nunes de Lima, não quis dar entrevista nem detalhes sobre o que ocorreu. A polícia fecha o cerco porque há dúvidas em torno do caso, como, por exemplo, se os responsáveis pelo crime tinham acesso ao comércio, conheciam a rotina dos funcionários e noção exata de valores dos armamentos furtados.

Os policiais investigam, a partir da informação do proprietário, de que a loja foi fechada, no sábado, por volta das 18h. É possível que os criminosos aproveitaram para agir no momento em que os estabelecimentos comerciais não funcionam e há baixa circulação de pessoas. O dono da loja relatou à polícia que percebeu o furto ao chegar para trabalhar na segunda-feira.

Linhas de investigação

A polícia montou uma equipe especial para apurar o caso, tratado na Corpatri como "prioridade". Há agentes trabalhando em todos os turnos. As notas fiscais estão sendo contabilizadas e, até o fechamento desta edição, a tarefa não havia sido concluída. Os policiais também buscam imagens que deem pistas e tentam eliminar as lacunas ainda sem respostas.

Para os agentes, um aspecto que chama a atenção é que, apenas há alguns dias, os suspeitos alugaram uma loja a poucos metros do local onde houve o furto. O contrato foi feito legalmente: com a imobiliária chancelando a operação. Ao Correio, um funcionário que se identificou como advogado disse que todos os documentos relativos ao caso estão com a polícia.

Em depoimento, Tiago Nunes disse que os suspeitos do crime levaram as câmeras instaladas na loja que, possivelmente, captaram imagens do momento do arrombamento e do furto. Segundo ele, os alarmes também foram desligados e retirados pelos criminosos.

Ainda de acordo com o empresário, há algum tempo os suspeitos rondavam a loja dele e que, recentemente, houve uma tentativa de invasão, que não se concretizou porque a Polícia Militar interveio. Mas ao Correio, a PM informou que jamais recebeu chamada de socorro nem de solicitação na loja Delta Guns nem de Tiago Nunes.

Pela legislação brasileira, o monitoramento de armas e munições é feito pela central da política de segurança pública. Desde o ano passado, o governo federal decretou a migração progressiva do controle e da fiscalização sobre o armamento civil do Exército para Polícia Federal, incluindo as armas de colecionadores, desportistas e caçadores — os chamados CACs.

De acordo com as normas vigentes, para comprar uma arma é preciso ter 25 anos, apresentar antecedentes positivos, não ter envolvimento com crimes e ainda ter emprego, residência e condições psicológicas.

Da redação do Conexão Correio com Correio Brasiliense

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